domingo, 13 de fevereiro de 2022

Viagem à Lua - Caio Dário

 

Viagem à Lua

 

Meu nome é John Miller e esta história que irei contar aconteceu comigo alguns anos atrás, precisamente em 1977 quando eu tinha 25 anos. Eu possuía um sonho de ir à lua abordo de um foguete, e por eu ser um militar da aeronáutica americana, pensei que seria mais fácil de concretizá-lo.

Na década de 60, o mundo esteve diante de uma notícia extraordinária: o primeiro homem a pisar na lua em 1969, foi uma época em que os Estado Unidos e União Soviética travaram uma disputa pela corrida espacial durante a Guerra Fria.

Eu sabia que não seria nada fácil realizar essa viagem, mas alguma coisa que eu não entendia direito estava ocorrendo, poderia ser apenas desconfiança minha, então aconteceu o que eu mais esperava, fui convocado para fazer parte de uma missão espacial e descobrir o que de fato estava no lado oculto da lua.

O que de fato não sabíamos até aquele momento era que ao chegarmos na lua encontraríamos outra nave em missão, ao nos aproximarmos fizemos uma descoberta assustadora, toda a tripulação estava sem vida, explorando a nave encontramos a sala de informações e nela estava a caixa preta, contendo as últimas mensagens e alertando sobre um perigoso vírus que se alastrou rapidamente pela nave.

Sem que percebêssemos tínhamos entrado em contato com o vírus, a partir daquele momento todos a bordo começaram a agir de maneira diferente, tendo visões deturpadas da realidade e essas alucinações tiveram um efeito devastador. Tínhamos a sensação de estarmos sendo vigiados ou seguidos por alguém, que até aquele momento não sabíamos de quem se tratava.

A sensação de perigo tomou conta de todos e já não conseguíamos confiar em ninguém, começou uma luta frenética por sobrevivência e precisávamos nos manter em segurança dentro da nave. Mas nada parecia estar seguro e quando finalmente encontrei uma capsula de fuga, travou-se uma luta desesperada pelo equipamento, começamos a nos ver como inimigos e nessa briga muitos acabaram feridos e até mortos.

A capsula foi totalmente destruída e sem forças para continuar, tive que ficar escondido numa sala da nave, dentro desta sala encontrei um aparelho de comunicação com a terra, mas não funcionava, então ouvi barulhos estranhos vindo de um móvel onde eu estava, me preparei para atacar, pois naquele momento já não sabia qual ameaça seria pior do que ficar preso no espaço.

Me aproximei e abri devagar a porta do móvel, saiu de lá um tanto desnorteado um sobrevivente da primeira nave, também com sequelas do vírus ele ainda conseguia se comunicar e detalhou o que teria acontecido com a tripulação. Phillipe contou como a infecção afetou seus companheiros, e que foi transmitida através da superfície da lua, quando um dos tripulantes analisando uma amostra da cratera acidentalmente entrou em contato com o vírus.

            Naquele momento já não era possível confiar em ninguém, a minha intenção era sair dali com vida, e levar o Phillipe comigo não estava nos meus planos, pois a qualquer minuto ele poderia me atacar para manter a própria sobrevivência, a sua insistência em me seguir me deixou em alerta, mesmo com receio permiti que ele viesse comigo.

Ao percorrer a nave, encontramos uma capsula de fuga, então tínhamos uma escolha difícil a fazer naquele instante, pois não havia espaço para os dois, Phillipe aproveitou um momento de distração, golpeou-me na cabeça, mesmo tonto consegui impedi-lo de embarcar, travamos uma luta e ataquei-o com um objeto cortante, vendo que ele não se movia, preocupei-me em sair daquele lugar o mais rápido possível.

Diante de toda aquela situação vivida, e com minhas habilidades de militar, consegui chegar à terra com segurança, mas trazendo em meu organismo o vírus da lua, e, sem de fato descobrir o real motivo da viagem, abandonando um sonho que tinha se tornado um pesadelo.

 

Caio Dário