terça-feira, 29 de agosto de 2023

Crônica Lírica - Henry Peres

 “Canções do Tempo: Memórias, Melancolia e o Florescer da Poesia”


No calor da tarde, enquanto o sol dourado se despede lentamente, meu coração se enche de melancolia. Sentado à beira do rio sereno, deixo que as memórias fluam em meio às águas calmas que refletem minha alma inquieta.

Lembro-me dos dias de outrora, quando a juventude corria solta em meu peito. Eram tempos de sonhos e aventuras, em que a vida parecia dançar em harmonia com meus desejos mais profundos. Ah, como as lágrimas da alegria escorriam livremente pela minha face naqueles momentos de plenitude!

Mas vejam só, o tempo implacável não tardou em me lembrar de sua fugacidade. Os amores que se foram, as promessas quebradas, os sonhos que se desvaneceram no ar como pétalas de uma flor desbotada. Hoje, sou apenas um espectador desse teatro da existência, contemplando os atos e lamentando as cenas que já não posso mais reprisar.

O crepúsculo abraça os céus e traz consigo a melodia da natureza, que ecoa em minha mente, despertando em mim uma nostalgia cortante. Sinto-me envolvido pelo suspiro sutil do vento, que sussurra canções antigas de amor e saudade. Como é doce e doloroso reviver essas lembranças!

Nessa eterna dança entre a vida e as lembranças, encontro refúgio nas palavras que brotam em meu coração, como uma fonte inesgotável de versos e sentimentos. Ah, a poesia, minha fiel companheira nas noites solitárias! Meus versos são um grito de alívio, uma catarse para a alma cansada, e um tributo à beleza efêmera que marca nossa existência.

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